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Abr
O Céu Da Língua | Gregório Duvivier
COM TEXTO E INTERPRETAÇÃO DE GREGORIO DUVIVIER, ‘O CÉU DA LÍNGUA’ CHEGA AO RIO DE JANEIRO APÓS ESTREIA DE SUCESSO EM PORTUGAL
Dirigido por Luciana Paes, espetáculo é uma comédia sobre a presença quase invisível da poesia no nosso cotidiano Fotos em alta resolução: Fotos_Céu_da_Língua_©DemianJacob Quem tem medo de poesia? Gregorio Duvivier não faz parte deste grupo e, como um apaixonado, faz de tudo para persuadir os outros das qualidades do seu objeto de encanto – até mesmo criar um espetáculo sobre o assunto. No monólogo “O Céu da Língua”, uma comédia poética, o artista usa o seu discurso sedutor pra convencer o público de que tropeçamos diariamente na poesia e o assunto é prazeroso e divertido.
“Uma ode à língua portuguesa e ao poder da palavra”, disse a crítica Suzana Verde, no jornal O Observador. “É comédia da boa, apesar de por vezes ser difícil rir, estando tão assoberbados com tudo o que acontece em palco”. No aniversário de 500 anos de Luis de Camões, foi a peça de um brasileiro que roubou a cena em Portugal. Gregorio Duvivier, que não estreava uma peça nova há cinco anos, fez essa peça para homenagear sua língua-mãe. Encontrou, ao fazer a peça, uma legião de pessoas que compartilham dessa paixão. “Gregorio Duvivier é um artista completo, no sentido mais renascentista do termo”, disse Miguel Esteves Cardoso, o maior cronista de Portugal, no jornal O Público.
“A poesia é uma fonte de humor involuntário, motivo de chacota”, reconhece o ator, que cursou a faculdade de Letras na PUC do Rio de Janeiro e publicou três livros sobre o gênero literário. “Escrevi uma peça que pode ajudar alguém a enxergar melhor o que os poetas querem dizer e, pra isso, a gente precisa trocar os óculos de leitura”. A direção é da atriz Luciana Paes, parceira de Gregorio no espetáculo de improvisação Portátil – e nos vídeos do canal Porta dos Fundos. Se no seu solo anterior, Sísifo (2019), escrito junto com Vinicius Calderoni, Gregorio subia uma grande rampa dezenas de vezes, agora, o que se tem é uma encenação desprovida de qualquer cenário. No palco, totalmente limpo, o instrumentista Pedro Aune cria ambientação musical com o seu contrabaixo, e a designer Theodora Duvivier, irmã do comediante, manipula as projeções exibidas ao fundo da cena. O resto é só o comediante e sua devoção pelas palavras.
“Acredito que o Gregorio tem ideias para jogar no mundo e, com essa crença, a coisa me move independentemente de qualquer rótulo”, diz Luciana, uma das fundadoras da celebrada Cia. Hiato, que estreia na função de diretora teatral. “O Céu da Língua” não é um recital. Por outro lado, garante Luciana, a dramaturgia de Gregório não deixa de ser poética. “O stand-up comedy aqui é uma pegadinha pra falar de literatura”, como ela bem define. “A peça fica na esquina do poema com a piada”, arremata o ator.
“O Gregorio comediante está no palco ao lado do Gregorio intelectual com seu fluxo de pensamento ininterrupto e por isso a plateia embarca na proposta”, explica a diretora, que compartilha com o ator a paixão pelo nome das coisas. “Graças aos seus recursos de ator, Gregorio pega o público distraído. Ninguém resiste quando é surpreendido por alguém apaixonado.” Gregorio, desde a infância, carrega uma obsessão pela palavra, pela comunicação verbal, pela língua portuguesa. Assim o protagonista brinca com códigos, como aqueles que, em sua maioria, só são decifrados por pais e filhos ou casais enamorados. As reformas ortográficas que tiram letras de circulação e derrubam acentos capazes de alterar o sentido das palavras inspiram o artista em tiradas bem-humoradas.
O mesmo acontece quando ele comenta a ressurreição de palavras esquecidas, como “irado”, “sinistro” e “brutal”, que voltaram ressignificadas ao vocabulário dos jovens. E aquelas que só de ouvi-las geram sensações estranhas, a exemplo de afta, íngua, seborreia, ou outras, inventadas, repetidas à exaustão, como “atravessamento”, “disruptivo” ou “briefings”? Até destas Gregorio extrai humor. Para o artista, a língua é algo que nos une, nos move, mas raramente damos atenção a ela. É só pensar nas metáforas usadas no cotidiano – “batata da perna”, “céu da boca”, “pisando em ovos”. Nesta hora, usamos a poesia e nem percebemos.
Para provar que a poesia é popular, Gregório chama atenção para os grandes letristas da música brasileira, como Orestes Barbosa e Caetano Veloso, citados em “O Céu da Língua” através das canções “Chão de Estrelas” (1937) e “Livros” (1997). A massa ainda há de comer o biscoito fino que fabrico”, disse Oswald de Andrade. Infelizmente a literatura no Brasil nunca encheu estádios. Mas a palavra cantada, essa sim, ganhou multidões. “Foi a nossa música popular quem conseguiu realizar o sonho oswaldiano de levar poesia para as massas”, festeja o ator. Nesta cumplicidade com a plateia, Gregorio mostra gradativamente que a poesia não tem nada de hermética e que a nossa língua não deve nada a nenhuma outra.
Muito pelo contrário. Temos um manancial de poesia desperdiçada em cada conversa jogada fora. “Minha pátria é a língua portuguesa”, diz Fernando Pessoa. Caetano continua: “e eu não tenho pátria, eu tenho mátria e quero frátria”. Gregorio constroi o espetáculo em torno dessa fraternidade, e nos lembra que, apesar de todas as nossas diferenças, temos uma língua em comum que nos irmana. E também pode nos fazer gargalhar.
Ficha Técnica Interpretação e Texto: Gregorio Duvivier
Direção e Dramaturgia: Luciana Paes
Assistência de Direção e projeções: Theodora Duvivier
Direção Musical e Execução da Trilha: Pedro Aune
Cenografia: Dina Salem Levy
Assistente de Cenografia: Alice Cruz
Figurino: Elisa Faulhaber e Brunella Provvidente
Iluminação: Ana Luzia de Simoni
Diretor Técnico: Lelê Siqueira
Visagismo: Vanessa Andrea
Fotos de Divulgação: Demian Jacob
Fotos de Cena: Joana Calejo Pires e Raquel Pellicano
Design Gráfico Publicação: Estúdio M-CAU – Maria Cau Levy e Ana David
Identidade Visual Divulgação: Laercio Lopo
Assessoria de Imprensa: Pedro Neves
Marketing Digital: Renato Passos
Redes Sociais: Fernando Padilha, Lucas Lentini e Theodora Duvivier
Administração: Fernando Padilha e Lucas Lentini
Assistente de Produção: João Byington de Faria Produção
Executiva: Lucas Lentini
Direção de Produção: Clarissa Rockenbach e Fernando Padilha
Produção: Pad Rok
FICHA TÉCNICA
Gênero: Comédia
Classificação etária: 12 anos
Duração: 70 minutos aproximadamente
SERVIÇO
Data: 27 de abril
Horário: domingo às 19h
Local: Teatro Oficina do Estudante Iguatemi 3º piso do Iguatemi Campinas – Endereço: Av Iguatemi, 777 – Vila Brandina
Telefone: (19) 3294-3166
VENDAS
Bilheteria do Teatro: 3294-3166
Pela internet: www.ingressodigital.com
REGRAS PARA MEIA-ENTRADA:
Estudantes (Com Carteira de Identificação Estudantil)
Pessoas com deficiência, inclusive seu acompanhante quando necessário.
Jovens com idade de 15 a 29 anos de baixa renda inscritos no Cadastro Único Para Programas Sociais do Governo Federal (Mediante a apresentação da Identidade Jovem, acompanhada de documento de identificação com foto expedido por órgão público e válido em todo o território nacional)
Idosos e Terceira Idade (Cartão de Aposentado ou RG para maiores de 60 anos)
Professores Rede Pública (Holerite ou Documento que comprove)
Diretores, Coordenadores Pedagógicos, Supervisores e titulares de cargos do quadro de apoio das escolas das redes estadual e municipais, de acordo com a Lei Estadual 15.298/14.
(O direito ao benefício da meia-entrada é assegurado em 40% (quarenta por cento) do total dos ingressos disponíveis para cada evento)
REGRAS PROMOCIONAIS:
Clube GT – Os sócios do Clube GT têm 50% de desconto no valor integral do ingresso mediante apresentação do cartão. Válido para compra de até 02 ingressos por sessão em qualquer canal de venda.
Clientes Oba Hortifrúti – 50% de desconto no valor integral do ingresso. Para garantir esse benefício, é necessária a apresentação do cupom com o valor mínimo de R$ 30,00, que deve ter sido emitido no máximo 30 dias antes da data do espetáculo escolhido. Válido para compra de até 02 ingressos por sessão. As compras deverão ser realizadas nas lojas Oba Hortifrúti de Campinas.
Clube Oficina do Estudante – Alunos do Colégio e Curso Oficina do Estudante e acompanhantes têm direito a 50% de desconto no valor integral dos ingressos. Benefício limitado a até 03 acompanhantes por espetáculo. Para comprovação, basta o estudante apresentar a carteirinha do Colégio do ano letivo.
Funcionários do Colégio e Curso Oficina do Estudante e Bio Mundo Campinas têm direito a 50% de desconto no valor integral dos ingressos. Benefício válido para o funcionário + 01 acompanhante. Para comprovação, basta apresentar o holerite do mês de funcionário das empresas.